No micro-ônibus que fomos tinha gente do mundo todo: alemanha, holanda, méxico, chile. Eramos os únicos brasileiros. O guia falava um inglês muito muito muito ruim hahahaha parecido com o meu.
O caminho de Cusco até a montanha é longo, mais de 2 horas de estrada. E, os últimos km são beeeeemmmm sinistros. Subida, ribanceira, queda livre hahahaha. Contrate uma agência de confiança, porque é meio perigoso. Não deve ir com um motorista inexperiente ou com um ônibus grande. A vista é linda, mas, perigosa.
Chegamos na entrada da montanha, que fica a 4 mil metros de altitude. Até a montanha são cerca de 6km de subida, até o topo que fica a 5 mil metros.
Deixe esse passeio para ser feito quando você já estiver bem acostumado com a altitude, porque ele é bem difícil.
Começamos o passeio e eu me sentia no condado, sabe? Do senhor dos anéis hahahaha. Grama rasteira, montanhas, ovelhinhas, cavalinhos hahahaha. Lindo.
Falando em cavalo, você tem a opção de alugar cavalos para fazer o trajeto. Eu, sinceramente, fiquei com pena dos cavalos. Se eu quero subir, eles não tem nada a ver com isso hahahaha.
Peguei um cajado, coloquei 3 folhas de coca na boca e fui. E foi difícil mesmo. Eu dava 10 passos e precisava parar para descansar. Andava, parava, andava, parava. Acho que levei 2 horas para fazer os 6km de subida.
Mas, vale muito a pena. O trajeto é surreal. Picos nevados, montanhas gigantes, vegetação bem específica. Uma visão memorável.
Na metade do caminho eu parei para fazer um lanche e esperei o guia me encontrar para pegar um pouco de oxigênio. Minha cabeça começou a doer, o pescoço. Fui judiada pelo mal da montanha. Aí chegou o guia, com uma água dos deuses inkas shamans hahahaha. Uma mistura de ervas que ele molhava a nossa mão e mandava a gente baforar. O negócio abria até os chakras hahahaha. Senhor! Tirava o mal estar na hora. Depois voltava, mas, ajudou bastante.
A última subida dava vontade de desistir hahaha, mas, criei coragem e subi.
Lá de cima temos a vista das montanhas coloridas por conta da oxidação dos minerais. Acho que a visão do caminho é tão lindo que o final nem é tão impactante assim hahahaha. Mas, vale a pena todo o esforço.
Quando chegamos, fizemos um ritual ao deus da montanha junto do nosso guia. Bem legal e simbólico. Lá em cima tem uma senhorinha que vende chá de coca em caneca de ferro e uns docinhos.
Respiramos fundo, mesmo sem oxigênio hahahaha e começamos a decida.
Pra descer, todos os deuses inkas ajudam, não é mesmo? Tem alguns pontos no caminho com banheiro, caso precisem. Não é nada 5 estrelas não. Mas, vale a pena em casos de emergência hahahaha.
Voltamos e fomos os penúltimos a chegar. O resto do pessoal já estava nos esperando. O guia havia nos falado que os brasileiros sentiam bastante essa caminhada por não estarem acostumados com a altitude. E os europeus eram super atléticos, deu uma vergonha hahahaha.
Esperamos mais uns 15 minutos até a última passageira chegar e começamos o caminho de volta. Eu avisei ao guia que estava com muita dor de cabeça e ele me deu um pouquinho do álcool mutcho loko pra baforar.
Na volta, paramos no mesmo local do café da manhã para o almoço (também incluso). Comidinha bem simples e local peruana. E de sobremesa um doce de batata doce bem esquisito hahahaha.
Almoçamos e continuamos a viagem de volta. Chegamos em Cusco já estava escuro.
Na hora do jantar, pedimos indicação de um local de comida peruana na recepção do hostel e nos indicaram um local em San Blas chamado Pacha Papa.
Eu não queria comer massa, nem carne. Então, acabei pedindo uma sopa. Mas o resto do pessoal pediu carne e gostaram. A gente ficou em uma mesa compartilhada e teve uma menina que pediu o cuy. Ele veio assado, inteiro na bandeja para ela ver e tirar foto hahaha. Depois eles levam o prato pra cozinha, cortam e servem para comer. Eu adorei o suco que era um mix de frutas hmmmmm.
Além da comida, o local é bem bonito e cheio, tinha até fila de espera. Fomos em restaurantes melhores, mas, vale a pena experimentar.
Um beijo.
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